Porque o 30º dia após a morte do Nosso Almirante calha a um domingo (deverão e alguns já de férias ), resolvemos marcar para dia 26 de Junho , 5ºfeira ás 19 horas a missa . Será celebrada na Igreja da Memória. A Igreja fica ao cimo da Calçada do Galvão aquina zona da Ajuda.
Friday, June 20, 2008
Monday, June 16, 2008
Thursday, June 5, 2008
vamos ajudar, em memória do nosso Almirante
O lar de Santa Maria, em Peniche, foi criado pelo Padre Bastos, homem muito admirado pelo nosso pai.
Pensámos que seria um gesto bonito ajudar o lar pois sabemos que era acarinhado pelo nosso Almirante.
Se quiserem participar neste “in memoriam” especial aqui deixo o nib.
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É possível saber mais sobre o lar na net : “lar de santa maria Peniche”
http://www.oesteonline.pt/noticias/noticia.asp?nid=15283
O lar envia a quem quiser um comprovativo de donativo para apresentar no IRS, basta enviar o nome e morada.
E pronto, não estou muito inspirada, mas aqui fica a sugestão
Sofia
O Té continua connosco
A medo vou ao blogue onde o meu pai continua a existir numa dimensão que ainda é a mesma mas onde já nada é o mesmo.
Imagino que todos temos tentado entender que sentimento é este que nos aperta não se sabe bem que parte do corpo.
Sei que o pai Té está feliz no céu, porque para lá sabia que iria passada esta etapa. E sabe tão bem ouvir e ler todos os seus amigos nesta partilha linda da sua existência entre nós!
Continuem a partilhar connosco as histórias da sua vida. É uma maneira tão boa de continuar perto dele!! E de o ter junto de nós.
Sofia
Wednesday, June 4, 2008
Tuesday, June 3, 2008
Carta da Constança Vaz Pinto ao Tio Té
Adeus Tio Té, consegue ver-nos daí?
Consegue ver o mar, o rio em frente da sua janela, depois já junto ao Bugio, ao Cabo da Roca? Consegue com certeza ver o mar da Berlenga! Transparente e frio, tão frio que aposto que não lhe apetece um mergulho: primeiro vai aquecer, já sabemos como é! Depois há-de ficar a tiritar e a chamar palavras feias à água, ou melhor, à temperatura da água. Como se ela tivesse a culpa!
Pois é, nós por cá vamos andando, trabalhando e descansando, com alguns intervalos para lembrar. Dizem que o ser humano é o único animal que consegue lembrar. Porque será?
Lembro-me muito bem de tanta coisa na minha vida que incluiu o tio té. Férias e dias normais, visitas certas a nossa casa logo que o meu pai morreu e duras críticas do tio té. Uma vez discuti consigo; estava zangada com tudo e todos, furiosa porque o meu pai morrera e ninguém me explicara o que era isso de morrer, deixar para trás coisas inacabadas, filhos a crescer, mulher nova, sei lá, tanta coisa que não nos explicam e depois exigem que nos portemos à altura... E então discuti consigo, lembro-me de lhe dizer que não precisava que me educassem, já tinha quem o fizesse. Lembra-se? Não tenho muito orgulho nessa discussão, devo dizer.
E podia escrever muitas páginas com outras lembranças menos vergonhosas para mim. Mas agora só penso, mais uma vez (isto deve ser uma sina), nesse lugar estranho e estrangeiro onde o tio té está. Gostava de saber onde é, quais as coordenadas, como se chega lá. Só para ter a certeza que isso aí é mais bonito, mais calmo, sem injustiças ou infelicidades, sem tempo….Será que é aí que está, agora que não podemos ir ao hospital militar de Belém para apertar nas nossas a sua mão, ouvir a sua respiração, ontem já a custo?
Senão for aí, então ainda é mais confuso. Porque as certezas deixam-nos descansados, é bom arrumar no espaço e no tempo as experiências e as pessoas que tiveram a ver com essas experiências a que vamos chamando vida, às vezes sem muito entusiasmo. Que lugar é esse, tio té?
Não, não tenho ciúmes, acho que faz bem em ter partido para águas mais fundas e mais bonitas. Fico contente por si, sei que a partir de ontem já era difícil aguentar uma parte do seu corpo que se tornou, por causa de um bicho, indomável. Fico contente por já não ter dores e por saber que elas não voltam. Acho que ficamos todos contentes e aliviados por saber que está melhor.
Deixa-nos uma herança brutal e eu sou só sobrinha: tanta coisa que fiz consigo, com a tia Carmo, com os primos. Tantos dias de férias, tantos sítios, tanta fotografia para a frente e para trás. Tanto parafuso e anilha, santo Deus, tio té! Jure que deu uso a todas as anilhas ferrugentas que teimou em limpar, em limar e em tornar a encaixar! E eu prometo que nunca mais me esqueço de guardar a chave da cozinha velha no sítio!
Temos tudo isso para arrumar, um verdadeiro património! Às vezes vai botar lágrima por causa dessa maldita coisa que os portugueses nomearam de saudade, uma bola que aperta na garganta e a certa altura parece não deixar passar o ar. E aí precisamos, todos nós, da garrafa de oxigénio. Mas as lágrimas secam e voltamos a perguntar: onde é que está, tio té? Mande uma mensagem se puder. E se não tiver rede, lá teremos que continuar a imaginar esse lugar, o seu sorriso de malandro, e quem sabe, um bote pequeno de madeira onde continua a dar os seus passeios, quando não está a olhar a sua prole…
Muitos beijinhos da sua sobrinha e até sempre
Constança
Monday, June 2, 2008
Missa 7º dia
Igreja dos Mártires
Morada: Rua Serpa Pinto, 10 - 1200
Lisboa
Telefone: 213.462.465
URL: Igreja dos Mártires
Ver mapa maior
Leitura do Ricardo Zuquete na missa
só sentimentos indizíveis,
palavras de respeito, de amor
Sobre o grande marinheiro:
atravessou um imenso temporal
que acabou por ser forte demais,
mas a admiração e respeito do mar por este marinheiro,
são exemplo de uma vitória maior.
Seus fieis tripulantes
Sempre
Reflexão
Aqui fica o texto que lemos ao pai Almirante ainda no Hospital e que partilhámos com os amigos na missa
Estamos a tentar descobrir o autor (se alguém souber ajude-nos sim!?)
Meus amigos.
Todos vós que eu amei
E que também me amaram
Quando eu tiver partido
Para a minha verdadeira pátria
Não chorem a minha ausência.
Revivam os bons momentos
Que vivemos em conjunto
E verão que a lembrança
É também uma presença.
E eu, com o espírito livre
Do peso da matéria
Poderei percorrer o universo
E ajudar aqueles a quem amei.
Então, se estiverem tristes
Se estiverem desconsolados
Pensem em mim, chamem por mim
E logo de seguida eu estarei aí
Para vos ajudar e vos consolar
E vereis como é bom
Ter um amigo no lado de lá.
E quando a vossa vez chegar
De fazer a grande jornada
Tão pouco chorem por
Aqueles que por aqui deixam
Pois isso não será um adeus
Mas simplesmente um “até breve”.
Afinal…eu lá estarei
Para vos receber.
sofia
Nós
A cerimónia nos Jerónimos foi linda e muito comovente para todos, penso eu. Senti um enorme privilégio por poder ter estado ali. Tudo foi intenso e inesquecível.
Quando estávamos a ir para o cemitério num cortejo em que a polícia abria caminho e não parávamos em nenhum sinal vermelho, confesso que não me apercebi que era pelo meu pai. Parecia antes uma daquelas histórias que ele nos contava das suas viagens pelo mundo como CEMA, com os carabinieri italianos a abrir caminho com pistolas fora da janela!
E os marinheiros todos formados à entrada do cemitério, e a rua cortada ao trânsito e as salvas, que eu nem ouvi, no momento em que a terra caía em cima do caixão. Tudo isto é um filme que daqui a uns tempos eu talvez perceba que é o que estou a viver agora.
Ontem fomos jantar a casa do Tiago e da Joana; a família Andrade e Silva actual (só faltou a Alícia e o Andrés). E foi tão engraçado ouvir as histórias absurdas que se passaram, as gaffes, os relatos cómicos, as histórias impossíveis! Cada um ajudou a fazer o puzzle desta aventura extraordinária.
O nosso Almirante está connosco como sempre! E para sempre
Sofia
Sunday, June 1, 2008
Mensagem via Messenger (MSN)
Diogo Borges de Castro (Filho), 10 anos, a falar no messenger comigo (Tiago):
“Tio eu peço imensa desculpa por isto ter acontecido, o problema e que o tio té tambem ja tinha alguma idade e deus chamou-o para junto dele... tio eu peço mesmo imensas desculpas e os meus pÊsAMOS TIO EU TAMBEM FIQUEI MUITO TRISTE PELO QUE ACONTEU ”